Os muros de arrimo, também chamados de muros de contenção, são utilizados para a estabilização de terrenos inclinados, onde normalmente ocorre o desprendimento de materiais. Eles retêm o corpo de aterros com alta inclinação, evitando assim o deslocamento dos materiais.
Tais muros são chamados de “arrimo” porque são destinados a segurar um corte que se faz em um talude existente para ganhar espaço no terreno de baixo. Assim, para arrimar (segurar o talude vertical) resultante depois do corte, deve-se construir um muro de arrimo.
A construção do muro de contenção para aterro se destaca como uma das soluções mais econômicas e eficazes no desenvolvimento de obras civis. O baixo consumo de materiais e de mão de obra torna possível uma considerável economia em relação às outras técnicas.
No reforço de taludes com terreno instável, taludes de altura considerável e inclinação de 45 graus ou mais, é preferível recorrer a muros de arrimo. A necessidade da construção de tais estruturas surge na construção de estradas, pontes, viadutos e outras estruturas, uma vez que ajuda a reter o solo. Os solos reforçados com muros de contenção são mais bem adaptados às irregularidades do solo.
Para construir um muro de arrimo, é possível utilizar blocos cerâmicos ou de concreto, com estrutura metálica ou não. Há também a possibilidade da construção usando pedras, mistura de cimento e terra (solo-cimento) ou com gabiões de pedra.
Partes de um muro de arrimo
- Coroamento: é a viga que visa conter a flexão lateral, transferindo o esforço da cortina para o Gigante ou Contraforte;
- Cortina de contenção: é quem abriga (contém) o aterro ou cortina de arrimo (que suporta o corte);
- Gigante: atrelado à contenção do aterro;
- Contraforte: relacionado ao arrimo do corte;
- Misula: visa combater a concentração do momento fletor;
- Sapata: tendo o peso do aterro por cima, auxilia o Gigante ou Contraforte.
O componente mais crítico num muro de arrimo é o Contraforte. Este, ao contrário do Gigante que funciona à tração, deve funcionar à compressão. Além disso, o contraforte não fica em contato com o solo.
O sistema de contenção deve ser projetado para:
- Controlar adequadamente a precipitação na superfície do aterro para ajustar a infiltração e a drenagem subterrânea;
- Eventualmente oferecer um meio de estabelecer uma cobertura vegetativa de baixa manutenção que suporte plantas com raízes; e
- Fornecer uma barreira suficiente para a migração externa de lixiviado.
Um dos cuidados a serem tomados na construção do muro de arrimo é calcular a sua estrutura de modo a prever a carga adicional oriunda da chuva (excesso de água), e ter uma margem de segurança.
Além disso, podem ser usados drenos de modo a minimizar a quantidade de água na parte de trás do muro de arrimo, reduzindo consequentemente o peso. Para evitar o entupimento dos drenos pelo deslocamento de detritos, pode-se também utilizar uma camada de brita entre os drenos e a terra.
A ausência de uma boa drenagem é uma das principais causas de problemas em muros de contenção.
Alguns projetos de aterros incluem um solo de baixa condutividade hidráulica para fornecer uma barreira primária; outros projetos incluem uma geomembrana ou um composto de geomembrana/solo como camada de barreira.
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