A malha ferroviária do Brasil é composta por 13 linhas operando no transporte de cargas. São 29.165 quilômetros de extensão, conforme dados da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT).
Nos últimos vinte anos houve um forte investimento privado nas ferrovias do Brasil. Confira, abaixo, as características das principais ferrovias brasileiras:
Ferrovia Nova Transnordestina – EF-232 e EF-116
Ainda está em fase de construção. Contudo, quando for finalizada, ligará o porto de Pecém, no Ceará, ao porto de Suape, em Pernambuco, cruzando o cerrado pelo estado do Piauí. A Nova Transnordestina atravessará o nordeste brasileiro e sua extensão alcançará 1.728 quilômetros de trilhos. Depois de várias paralisações e atrasos, as obras foram reiniciadas em 2020.
Ferrovia Norte-Sul – EF-151
Quando estiver totalmente pronta totalizará 4.155 quilômetros de extensão. Ligará o estado do Pará ao Rio Grande do Sul, indo pelo Maranhão, Tocantins, Goiás, Minas Gerais, São Paulo, Mato Grosso do Sul, Paraná e Santa Catarina. Em suma, conectará os extremos do Brasil. Entretanto, o trecho concluído é de 1.575 quilômetros e, mesmo assim, não está operando em sua plenitude.
O projeto prevê a ligação das principais regiões produtoras do Brasil com os grandes portos. A Ferrovia Norte-Sul é uma linha longitudinal em bitola larga. Foi projetada para ser a espinha dorsal do transporte ferroviário do Brasil.
Estrada de Ferro Vitória a Minas – EF-262
Construída no final do século XIX. Na época, o objetivo era transportar passageiros e fazer o escoamento do café produzido no Vale do Rio Doce e Espírito Santo. Faz a ligação entre a região metropolitana do Espírito Santo a Belo Horizonte, Minas Gerais. Com a construção da EF-262, várias cidades se desenvolveram em seu entorno. São 905 quilômetros de extensão e é considerada uma das mais modernas e produtivas linhas férreas do país. Sua administração é feita pela Vale S.A.
A ferrovia é utilizada para escoar minério, aço, carvão, calcário, granito, contêineres, ferro-gusa, produtos agrícolas, madeira, celulose, combustíveis e outras cargas do porto de Tubarão ao Terminal de Vila Velha, ao cais do Paul, Codesa e ao porto de Barra do Riacho, em Aracruz, Espírito Santo. A ferrovia ainda faz o transporte de passageiros atravessando uma linda paisagem composta de montanhas e rios e com a presença da vegetação da mata atlântica e cerrado.
Ferrovia do Pantanal – EF-267
Ainda não está em sua plena operação. Ligará Panorama, em São Paulo, a Porto Murtinho, no Mato Grosso. As cargas transportadas serão soja, milho e açúcar. A ferrovia terá um total de 734 quilômetros de extensão. No início, a Ferrovia do Pantanal era parte do projeto da Ferrovia Norte-Sul. Contudo, houve um desmembramento pelo Plano Nacional de Viação.
Estrada de Ferro Carajás – EF-315
Liga o Porto de Ponta da Madeira em São Luís, Maranhão, a Parauapebas, no Pará. A viagem é longa, porém é muito utilizada no transporte de passageiros, chegando a 1500/dia. Faz o transporte das cargas minerais extraídas da serra dos Carajás. Calcula-se em torno de 120 milhões de toneladas transportadas. Alcança 892 quilômetros de extensão e é considerada uma ferrovia de alta capacidade, operada pela mineradora Vale S.A.
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