Qual a diferença das fixações utilizadas no modal ferroviário?

A aplicação de acessórios de fixação aos dormentes garante que os trilhos estejam posicionados corretamente. Dessa forma, são evitados deslocamentos longitudinais, verticais ou laterais causados pelo impacto das rodas ou efeitos de temperatura, como dilatação e contração. Assim, com os padrões de espaçamento garantidos e fixados, os ativos ferroviários podem se locomover com segurança pelos trilhos.

Nesse contexto existem diferentes tipos de fixação, sendo dois grupos se destacam, as fixações rígidas e elásticas. Na sequência são apresentadas as principais características desses modelos e suas finalidades.

Fixações rígidas

Para a escolha do estilo de fixação que será adotado, é preciso analisar as especificidades dos dormentes e da seção transversal do trilho. A fixação rígida é o modelo mais empregado e o mais simples. É representado pelo uso de parafusos e pregos.

Uma desvantagem desse tipo está no desgaste e afrouxamento que acontece com o passar do anos, fruto dos impactos e vibrações constantes e que acarreta a perda da capacidade de resistência. Uma vantagem é o baixo custo a curto prazo, sendo mais atrativa economicamente para projetos que não possuam grande fluxo ferroviário.

Fixações elásticas

Diferente do modelo rígido, a fixação elástica é representada pela pressão constante no comprimento das barras. Seus componentes possuem contato direto com o patim dos trilhos (estrutura responsável por garantir mais estabilidade e guiar o deslocamento das peças na direção certa), puxando-o contra o dormente e mantendo uma união mais eficiente da estrutura.

Um dos principais benefícios para os trens que circulam em vias com fixadores elásticos está na menor oscilação do percurso e maior suavidade na passagem, ideal para trajetos turísticos ou transporte urbano. Além disso, esse conjunto é muito utilizado para trabalho com cargas pesadas, por possuir maior capacidade de absorver impacto que a fixação rígida.

Fixações semielásticas

Existe também um tipo de fixação que mescla as características estruturais rígidas e elásticas. Na fixação semielástica, ocorre aumento resistência aos impactos longitudinais dos trilhos utilizando componentes parcialmente rígidos.

No caso do sistema GEO, por exemplo, uma peça de metal no formato de cavalete é pressionada juntamente com a placa de suporte e suas abas possuem a função de estabilizar a carga recebida longitudinalmente. Uma das desvantagens desse modelo está na alta precisão requerida e, caso seja feita manualmente, a necessidade de manutenção constante.

Grampo

Um importante elemento presente em todos os tipos de fixação é o grampo. Assim como um prendedor, ele possui como principal função a imobilização dos trilhos sobre os dormentes. Além disso, garante a estabilidade da via e delimita a distância adequada entre para o correto calibre do movimento horizontal e vertical da pista. De forma geral, o conjunto de grampos é peça chave para a intermediação entre os componentes estruturais da ferrovia.

Itens de fixação

Além dos componentes principais, são necessários outros acessórios para garantir a completa fixação do conjunto. Um exemplo são as placas de apoio, que são instaladas entre os trilhos e os dormentes, quando estes são feitos de madeira. Desse modo, o material é protegido contra desgaste mecânico e se aumenta o grau de suporte da madeira.

Quando os dormentes são fabricados com concreto, é comum que junto com as placas de apoio sejam também instaladas palmilhas elastoméricas entre o trilho e a placa. Assim, são distribuídas as tensões localizadas no dormente e se aumenta a elasticidade na via. As palmilhas também possuem a importante função de adequar as características de transmissão de vibrações entre as barras e os dormentes.

Wasaki Engenharia

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