A manutenção ferroviária é algo fundamental para garantir a qualidade de transporte de cargas por meio do modal ferroviário. Com isso, entende-se como manutenção ferroviária todos os cuidados e práticas tomadas pelas gestoras das linhas ferroviárias de modo que os trilhos, dormentes, bem como toda a estrutura da ferrovia, tenham maior vida útil. Dessa forma, é necessário entender a finalidade, importância e quais os tipos de desgastes envolvidos.
Vale destacar que é possível definir a manutenção ferroviária como todas as práticas, soluções e técnicas que serão implementadas para eliminar problemas existentes e prevenir-se quanto aos problemas futuros. Dentre os principais fatores que resultam na necessidade de manutenção periódica, está o desgaste natural dos trilhos em decorrência do contato com as cargas que passam pela ferrovia.
Dessa forma, além de aumentar a vida útil da ferrovia, a manutenção ferroviária também possui como grande finalidade manter a capacidade de escoamento de cargas. Portanto, é possível concluir que uma linha ferroviária sem os determinados cuidados e manutenções características não será capaz de atender a demanda exigida por muito tempo. Em outras palavras, isso significa perdas econômicas para a empresa responsável pela gestão da ferrovia, pois a estrutura estará fisicamente impossibilitada de funcionar.
Qual a importância da manutenção?
Primeiramente é preciso ter em mente que o desgaste dos trilhos é um dos principais fatores destrutivos que diminuem a confiabilidade bem como a capacidade de transporte de uma linha ferroviária. Logo, a manutenção ferroviária atua no sentido de diminuir esses desgastes de forma que a ferrovia continue sendo capaz de transportar cargas.
Sendo assim, por meio da manutenção serão feitos estudos específicos para identificar os diferentes tipos de desgastes que comprometam a estrutura dos trilhos. A identificação de cada tipo de desgaste é essencial, pois para cada um deles exige um tipo de cuidado e uma solução específica para eliminar o problema.
Quais os tipos de desgaste?
Em relação aos tipos de desgaste, ao todo são três os problemas que podem ser identificados. Além disso, é fundamental entender que o desgaste, não importando qual seja, é resultado direto do contato dos trilhos com as rodas dos trens que passam pela ferrovia. Ou seja, é algo que naturalmente irá ocorrer ao longo do tempo e é preciso entender o problema para encontrar soluções adequadas.
O primeiro tipo de desgaste citado é o desgaste lateral. Nada mais são do que irregularidades que surgem em regiões dos trilhos que possuem pequenas curvaturas. Tais irregularidades são resultado direto dos esforços, e também pressões, que são exercidas pela carga quando a roda do trem entra em contato com os trilhos. Sendo assim, o trilho passa a sofrer modificações que, no longo prazo, podem resultar na quebra da estrutura física do trilho.
Outro importante tipo de desgaste é o chamado desgaste ondulatório. Em decorrência do alto volume de cargas e trens que trafegam pela ferrovia diariamente, os trilhos sofrem com a ação de esforços de diferentes naturezas e isso pode resultar na ondulação da estrutura física dos trilhos. Além de causar deformações na estrutura dos trilhos, esse desgaste influencia diretamente na diminuição da vida útil dos materiais que compõem os trilhos, além de acarretar problemas nas rodas dos próprios trens.
Por fim, é importante destacar a ação do desgaste vertical. Esse tipo de problema ocorre nas partes retas dos trilhos. Os seus causadores são processos como a raspagem dos trilhos uma vez que esses entrem em contato com as rodas dos trens, peso das cargas transportadas, fenômeno da corrosão.
Portanto, fica evidente a importância da manutenção ferroviária para garantir maior segurança na via. Além disso, a maioria dos problemas citados envolvem processos de desgaste naturais como consequência do transporte diário de carga e locomoção de trens. Ou seja, são desgastes esperados ao longo do tempo, portanto, hora ou outra será preciso lidar com tais problemas.
Wasaki Engenharia
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