O que são as chaves de desvios dos trilhos?

Conhecidos como AMVs, os Aparelhos de Mudança de Via possibilitam a mudança no trajeto ferroviário, assegurando o deslocamento seguro de uma via para outra e dando continuidade ao percurso.

Também conhecidas como chaves de desvios dos trilhos, essas ferramentas operacionais deram espaço para maior flexibilidade e agilidade durante a realização de manobras nos pátios ferroviários. Podem ser encontradas com acionamento manual, elétrico ou por mola e são essenciais no planejamento de uma via, constituindo um conjunto de aparelhos, máquinas e acessórios.

No projeto de uma ferrovia, tão importante quanto analisar a intensidade do tráfego, maquinário necessário e regras tributárias das cargas é ter consciência das manobras ferroviárias que serão necessárias para incluir os AMVs certos no percurso. Afinal é a partir delas que os vagões serão acomodados, carregados e direcionados de forma correta pela malha ferroviária.

Manobras ferroviárias

Por vezes, as ferrovias necessitam de opções para o retorno das locomotivas, conexão entre vias férreas e mudança de sentido. Essas estratégias são denominadas manobras ferroviárias, na qual uma ou mais unidades de vagões recebem mudanças em sua posição para se anexar ou se desligar do trem original. O número desses desvios se altera conforme a quantidade de vezes em que um vagão necessita mudar de linha. A seguir estão as principais chaves de desvios de trilhos utilizadas nesse processo.

1. Triângulo de reversão

Esse modelo de desvio recebe esse nome por sua estrutura, que utiliza um formato triangular para realizar o recuo do trem. É também utilizado para conectar diferentes vias e em algumas localidades pode ser conhecido como “Alça”. Seu funcionamento se dá por três Aparelhos de Mudança de Via (AMVs), formando uma estrutura que liga duas vias e uma concordância. Esse esquema permite tanto que o trem retorne pela via de origem como pode ser usado para dar continuidade a uma ferrovia com bifurcação.

2. Pera ferroviária

Comumente empregada na linha final das ferrovias, a pera ferroviária é uma estratégia para que a carga, locomotiva ou material rodante retorne para seu destino. Sendo material rodante todo o veículo capaz de se mover em uma via férrea. A diferença entre esse modelo e o triângulo de reversão está no fato que na pera o trem não precisa realizar o recuo, fazendo uma volta inteira. Seu uso está muito ligado à liberação ou carregamento de cargas em um terminal, uma vez que não há necessidade de mudança na formação do veículo.

3. Girador

Os giradores circulares ou semicirculares são estruturas que utilizam uma base giratória para mudar o sentido da locomotiva. Em sua estrutura encontram-se componentes como a parte superior, que se movimenta, a parte inferior, que é fixada e garante a estabilidade e a seção intermediária, responsável pelo rolamento. Seu acionamento pode ser de forma manual ou por motor e é muito empregado em pontos centrais, de onde o veículo ferroviário pode seguir para diferentes direções.

4. Carretão

É uma plataforma utilizada para fazer a mudança do material rodante entre vias paralelas. Por deslizar lateralmente é possível fazer essa transferência do veículo. Um exemplo desse modelo é conhecido como Cruza-Vias, que se move dentro de uma vala e de forma perpendicular aos trilhos, fazendo inversão do sentido.

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