As ferrovias brasileiras ocupam um importante modelo de transporte, tanto para cargas como para passageiros. Por seu tamanho continental, é comum encontrar diferentes tipos e arranjos de bitolas nos projetos ferroviários pelo país.
Bitola é a largura prevista para distanciar as faces interiores das cabeças dos trilhos.
Seu início começou junto com a criação das primeiras ferrovias e, desde então, seu uso é estudado como forma de garantir maior eficiência técnica e econômica.
Em um projeto ferroviário, a escolha da bitola padrão é um aspecto fundamental para sua estrutura e determinação de quais linhas irão integrar o trajeto. Saber quais as conexões serão necessárias é o primeiro passo para escolher a bitola ideal para integração de vias ferroviárias. Outros fatores como disponibilidade de peças, capacidade de transporte e velocidade no deslocamento também são cruciais para sua escolha. No Brasil existem três principais modelos em atuação que podem aparecer sozinhos ou combinados, dependendo de sua utilidade (métrica, larga e standard).
As ferrovias brasileiras ocupam um importante modelo de transporte, tanto para cargas como para passageiros. Por seu tamanho continental, é comum encontrar diferentes tipos e arranjos de bitolas nos projetos ferroviários pelo país. A seguir estão os exemplos mais predominantes e suas principais características.
1. Bitola standard
Também conhecida como bitola internacional, esse é o modelo mais frequentemente empregado nas ferrovias ao redor do mundo. Isso porque foi a primeira a ser criada, quando se iniciaram as obras ferroviárias na Inglaterra em 1825. Uma curiosidade é que sua distância de 1,435 metros não foi resultado de longos estudos de engenharia, como os outros modelos que viriam a seguir, mas sim como forma de atender o padrão de distanciamento das rodas das carruagens da época. No Brasil é a bitola menos utilizada, aparecendo em apenas 0,7% da rede ferroviária nacional e usada isolada de outros sistemas de bitolas.
2. Bitola larga
Em geral são consideradas bitolas largas (broad gauge) todas aquelas com distância da bitola standard ou maior e bitolas estreitas (narrow gauge) aquelas com distanciamento em torno de um metro. O primeiro caso pode ser encontrado em duas formas além da bitola internacional: bitola irlandesa e bitola ibérica, ambas maiores que o modelo já comentado. A bitola irlandesa possui largura de 1,6 metros e é empregada nas principais linhas de transporte brasileiras com passageiros. Também é conhecida como “bitola larga brasileira” e concentra sua atuação no sudeste. Já a bitola ibérica possui 1,668 metros e não é comum no Brasil, sendo muito característica de países como Portugal e Espanha.
3. Bitola métrica
Trata-se de uma bitola estreita que recebe este nome por definir como um metro a largura entre as partes internas da superfície dos trilhos. É a mais empregada nas obras brasileiras, com presença em 23.489 km de trilhos por todo o país. Atualmente cerca de 78% de toda a rede de carga e passageiros opera com esse modelo, apesar de grandes campanhas do governo no regime militar para padronizar a bitola irlandesa como tamanho oficial. Por seu tamanho estreito, foi muito utilizada em bondes, como no Rio de Janeiro, e regiões com menor movimento nos trilhos.
4. Bitola mista
Quando ocorre a presença de mais de uma bitola em uma via ferroviária, chama-se bitola mista. O mais comum é a união da bitola métrica e da bitola irlandesa. Essa é uma forma de tornar o trecho ferroviário mais versátil, possibilitando as passagens de trens de diferentes pelo mesmo percurso. Outro fator para seu uso é a redução de custos construtivos, que foi o motivo para o metrô de São Paulo incluir a bitola standard em suas linhas. Uma forma de possuir maior disponibilidade internacional para os equipamentos da bitola.
Wasaki Engenharia
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